Tinta Vermelha e Preta

Dia 5-Chuva, trezena Águia. A Pedra do Sol, errôneamente classificada como originária dos Maya.  Primeiramente, vamos logo falar de como a expressão "calendário asteca" é um pouco errônea. Os Mexicas na verdade tinham dois calendários. Um se contava à base de grupos de vinte dias (vintenas) e cinco dias extra (nemontemi), ligado à agricultura e às mudanças de estações, chamado de "Xiuhpohualli", a Contagem dos Anos. Já o outro tem por base dias e grupos de treze dias chamados de trezenas, e era usado para divinações, um calendário sagrado, chamado de "Tonalpohualli", Contagem dos Dias.  Nessa série de posts, iremos lidar com o Tonalpohualli, usado pelos sacerdotes para saber de tudo.  Mas como funciona o Tonalpohualli? Para entendermos, precisamos imaginar duas rodas. Uma tem números de um a treze, e a outra tem vinte símbolos diferentes. Começamos com a seguinte posição: Um Crocodilo Quando giramos as rodas uma casa pra frente, conseguimos essa combinação

Dia 5-Morte, trezena Vento. Tlaloc-Tlamacazqui, Vinho da Terra-O Que Dá Coisas, patrono principal da vintena A primeira vintena, ou Metztli  (Lua), em nahuatl é o chamado "Atlcahualo", O Cessamento das Águas. É uma vintena com várias comemorações condensadas.   A primeira de todas, chamada de Xiuhtzitzquilo, pode ser traduzida como "Segurar O Buquê Nas Mãos". Buquê, em nahuatl, é "xihuitl", que também é a palavra para "ano" (ok, ok, xihuitl significa muitas coisas diferentes), forma um modo poético de mostrar que o ano novo chegou, que é um momento de coisas (flores) novas. A segunda, o Cuahuitlehua, significa "As Árvores Começam a Andar". Esse nome é dado pois é quando as árvores que secavam durante o inverno voltavam a dar flores e folhas verdes.  A terceira se chama Atlcahualo, que também é o nome da vintena, significa algo como "As Águas Cessam". Essa comemoração está intrísecamente ligada ao cultivo do milho e ao culto de